A disputa pela presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) segue assim como nos últimos 28 anos, com a chapa da situação usurpando o poder. O atual presidente da entidade máxima do futebol brasileiro, Marco Polo Del Nero, já articula um esquema juntamente aos seus aliados para governar por mais quatro temporadas a CBF. A eleição está marcada para abril do ano seguinte, mas pode ser realizada apenas em 2019.
Para agradar mais dirigentes por o todo o país, o mandatário ampliou o número de vices que farão parte da sua candidatura, de cinco para oito. Para realizar o feito, Del nero precisou alterar o estatuto da confederação, pois, anteriormente, o vice mais velho assumiria o cargo - ameaçando retirá-lo do poder. Foi desta maneira que o ex-presidente José Maria Marin obteve o poder em 2012.
Agora, após as alterações feitas, os oitos vices escolhidos por Del Nero se reúnem para o escolher o substituto do futuro presidente da casa no próximo mandato. Bela jogada para manter o poder.
Desconhecidos por jogadores e técnicos, o Diretor Executivo de Gestão da CBF, Rogério Caboclo, foi um dos escolhidos para ocupar um dos oito cargos de vice. No entanto, não para por ai. Rogério, principal executivo da entidade, é o escolhido por Del Nero para prolongar a dinastia à frente da associação privada.
Além de Caboclo, o empresário Fernando Sarney, que já teve seu nome ligado a diversos escândalos de corrupção e investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, será outro vice do atual presidente. Os cargos restantes serão distribuídos para presidentes das federações, como já acontece nos dias de hoje.